O Brasil resolveu tomar um tacacá e elevou a iguaria paraense ao topo das comidas mais buscadas no Google em território nacional. A plataforma de busca divulgou a retrospectiva do ano e a iguaria de origem indígena bombou.
Graças as tacacazeiras, o alimento se tornou um patrimônio cultural imaterial do Pará, é muito consumida no Acre, Amazonas, Amapá e Rondônia. Mas, se não fosse Joelma…
Foi com o “come back” da música “Voando pro Pará”, lançada por ela em 2015, em seu primeiro disco solo após deixar a anda Calypso, que o verso “Eu vou tomar um tacacá, dançar, curtir, ficar de boa” viralizou na reta final de 2023.
Usada como trilha sonora para diversos conteúdos nas redes sociais, o hit se tornou um verdadeiro hit, chegando até ao palco da turnê do RBD através de Christian Chávez, passando pela incrível montagem com a voz de MC Poze do Rodo.
Saiba mais sobre ‘Voando Pro Pará’
A canção, interpretada por Joelma, foi escrita pelos compositores Chrystian Ima, Isac Maraial e Valter Serraria. A letra destaca as belezas do estado pelos olhos de uma paraense de volta a Belém.
Diante do sucesso “do nada”, Joelma cantou a música no Prêmio Multishow, no último mês de novembro.
O que é o tacacá
Tacacá é uma palavra que deriva do tupi “Mbae Tykycú”, que, segundo o escritor José Veríssimo significa ‘cousa para beber aos tragos’.
Feito de tucupi (um líquido extraído da mandioca de cor amarela). jambu (uma planta que dá um efeito de dormência na boca), goma de tapioca e camarão seco, o tacacá não é considerado uma refeição, mas uma espécie de bebida ou sopa. Por isso, se “toma um tacacá”.
A tradição é tomar a iguaria sem colher, direto na cumbuca, bem quente, em cuias naturais com pimenta. Vale usar um palito de madeira para ajudar a comer o camarão.
O primeiro registro escrito do alimento foi feito no século XVI. Indícios mostram que ele é uma variação do mani poi, uma sopa consumida pelos povos originários do Brasil muito antes da chegada dos europeus.
Fonte: Ofuxico.com
Foto: Reprodução/Youtube
